"A Caverna de Santana (Caverna do Roncador) foi descrita pelo alemão Sigismund Ernst Richard KRONE
em 1909, e identificada como nº 41 em uma lista das cavernas conhecidas
no estado de São Paulo na época. Apesar de não explorada na ocasião,
foi sugerida como potencial para ser uma das maiores cavernas do estado
de São Paulo.
Em 1975 os integrantes do CEU (Centro Excursionista Universitário) durante a Operação Tatus
(experiência de permanência subterrânea e cronobiologia de 15 dias
realizada na Caverna de Santana) descobriram o Salão Taqueupa, ícone de
uma rede de galerias denominada Rede Tatus, reconhecida pela variedade e
profusão de espeleotemas raros, delicados e belos.
Desde então, as descobertas posteriores na caverna se limitaram a galerias ou pequenas salas.
A continuidade da nova topografia em andamento desde 2007 pelo GPME (Grupo Pierre Martin de Espeleologia)
cada vez mais apresenta obstáculos que vão além da simples exploração
horizontal. Com todo o desenvolvimento com predominância horizontal
praticamente mapeado, entramos em uma nova fase do Projeto Caverna de
Santana. A exploração vertical…
No decorrer do feriado de 7 de setembro
de 2012, 37 anos após a realização da Operação Tatus, uma escalada
alcançou e descobriu um amplo salão inédito, que recebeu a denominação Pierre Martin (1932 – 1986), em homenagem ao principal explorador da caverna, que completaria 80 anos em 2012.
O Salão Pierre Martin foi mapeado no dia
13 de Outubro de 2012 e revelou uma área de aproximadamente 1.200
metros quadrados e um desenvolvimento de 93 metros (projeção horizontal)
considerando as galerias laterais. Duas galerias superiores ainda não
acessadas no interior do salão são o objetivo da próxima atividade de
escalada, entre outras por toda caverna.
Atualmente a Caverna de Santana, com os
dados da nova topografia em andamento pelo GPME, está com os seguintes
dados de desenvolvimento junto ao CNC-SBE:
- 8.255 metros (Projeção Horizontal)
- 8.421 metros (Desenvolvimento Linear)
- 63 metros (Desnível)
A descoberta do Salão Pierre Martin,
localizado em ponto aonde não se conhecia nenhuma galeria ou salão
superior, confirmam a hipótese histórica sugerida por Manoel Marques da
existência de redes superiores fósseis associadas ao trecho inicial da
caverna.
O acesso vertical, em lance de 19
metros, revela não apenas um novo salão, mas uma riqueza de espeleotemas
que o colocam como um dos mais belos da Caverna de Santana, ou
Sant´Anna, como Pierre Martin preferia chamar."
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