2.12.10

Sociedade "Os Montanheiros" perfaz 47 anos de actividade

O Blog Profundezas felicita a Sociedade "Os Montanheiros" pelo seu aniversário.

Tem núcleos em quatro ilhas e são responsáveis pela gestão de cinco infra-estruturas de visitação e interpretação do património geológico açoriano, a par de outras iniciativas. Além, do Algar do Carvão e da Gruta do Natal, na Terceira, ilha onde está sedeada, a associação “Os Montanheiros” tem ainda a seu cargo a gestão da Casa da Montanha e da Gruta das Torres, no Pico, além da Furna do Enxofre, na Graciosa. A sociedade espeleológica, que chega a contratar perto de três dezenas de funcionários nas épocas altas, faz hoje 47 anos de existência.Já são 47 anos de existência que a Sociedade de exploração espeleológica “Os Montanheiros” perfaz hoje, dia 1 de Dezembro.
A associação responsável pelas primeiras explorações a grutas e a cavidades geológicas da Terceira e noutras ilhas dos Açores tem actualmente a seu cargo diversos centros de interpretação e de visitação, bem como trilhos pedestres e outras iniciativas na região.
Este aniversário, como referiu ao jornal “a União”, o presidente da direcção, Paulo Barcelos, apesar de ser hoje, iniciou ontem as suas celebrações.
“Os Montanheiros assinalam o seu 47.º aniversário com as habituais comemorações que se repartem por dois dias. Na sessão solene de hoje (ontem) à noite, haverá uma intervenção muito interessante sobre o Geoparque Açores. Amanhã (hoje), temos a alvorada, a missa por alma dos sócios falecidos e a última prova de competição/entretenimento «Degraus do Algar do Carvão». À noite haverá a entrega de prémio e convívio”.

Aniversário/balanço

A efeméride, à semelhança de anos anteriores, é sempre um momento para apresentar um balanço das actividades de 2010. Balanço este, refere o responsável pel´ “Os Montanheiros” que, este ano, foi bastante atarefado: “realmente, não tivemos tempo, nem recursos para o fazer algumas das coisas que tínhamos projectado, porque estivemos envolvidos, este ano, pela primeira vez, na gestão de dois novos espaços: a Casa da Montanha da ilha do Pico e a Furna do Enxofre, na ilha Graciosa. Tivemos um ano bastante atarefado com a gestão de recursos naturais disponíveis aos visitantes, a fazer a gestão de alguns centros de interpretação, do Governo Regional, com o qual Os Montanheiros estabeleceram protocolos”.
Além da Casa da Montanha e da Gruta da Torres, no Pico e da Furna do enxofre na Graciosa, Os Montanheiros têm ainda a seu cargo o Algar do Carvão e a Gruta do Natal, na ilha Terceira, ilha onde detém a sua sede, no centro de Angra do Heroísmo, na Rua da Rocha.
“Os Montanheiros, neste momento, estão estabelecidos em quatro ilhas, com núcleos aí formados. Algumas das estruturas que gerimos são estruturas próprias, outras são geridas através de protocolo com o Governo Regional”, explicou.

Verão com 30 funcionários

Segundo Paulo Barcelos, as crescentes solicitações levam à contratação de mais recursos humanos, sobretudo na época alta do ano: “colaboradores directos, nós chegamos a ter, no ponto mais alto do Verão – em Julho e Agosto – perto de trinta funcionários a trabalhar para a associação”.
Pertencentes ao quadro, Os Montanheiros possuem quatro funcionários.
Porém, referiu Paulo Barcelos, a criação da Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza, S.A., a AZORINA, SA, formalmente criada em Abril deste ano, vai reorganizar toda a acção da associação.
Para o ano, antecipa, alguns dos espaços a cargo d´ “Os Montanheiros” passarão para as competências da AZORINA, que, informou, deverá entrar em funcionamento já no início de Janeiro.
“Essa empresa pública vai ajudar o Governo Regional a assegurar a melhor gestão desses espaços”, disse, acrescentando que “até lá, Os Montanheiros colaborarão e estarão sempre disponíveis para colaborar nesses projectos”.
A nova sociedade anónima ficará responsável pelos centros de interpretação ambiental que existem na Região, além de ecotecas, bem como das estruturas de processamento de resíduos.

No que diz respeito à associação: “esta empresa vai, de alguma forma, aliviar-nos desses compromissos e obrigações, deixando-nos mais disponíveis para as actividades programadas pela associação”.

Humberta Augusto (texto e foto)

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