30.4.08

Revelações paleoclimáticas a partir da geoquímica de espeleotemas de cavernas brasileiras

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
SEMINÁRIOS DO DEPARTAMENTO DE GEOFÍSICA
Revelações paleoclimáticas a partir da geoquímica de espeleotemas de cavernas brasileiras
Francisco William da Cruz Junior IGC/USP

"Espeleotemas, formações carbonáticas precipitadas em cavernas, constituem um dos principais tipos de depósitos geológicos no estudo de mudanças do clima do passado. Um dos motivos para tal é que essas formações podem ser precisamente datadas pelo método da série de decaimento do Urânio e nelas podem ser aplicados vários métodos geoquímicos que são bons indicadores de variações climáticas e paleoambientais dos últimos milhares de anos, em resoluções temporais suficientes para detectar eventos climáticos em escalas que variam de milenar a interanual. Dentre os métodos geoquímicos destacam-se o uso das razões isotópicas do oxigênio e carbono, além das razões elementares de Mg/Ca e Sr/Ca. Os estudos paleoclimáticos em espeleotemas têm contribuído significativamente na discussão de como as mudanças na insolação de verão devido aos ciclos de precessão e obliqüidade afetam o clima do continente sul-americano, em especial da faixa subtropical do Brasil nos últimos 130 mil anos. Além disso, os registros mostram como eventos climáticos milenares típicos do atlântico norte impactaram a pluviosidade no Brasil, durante o último período glacial. Por fim, os nossos resultados preliminares mostram que é possível dá um passo adiante nesse projeto, a partir do estudo eventos de mais curta duração, que ocorrem em escala centenial a interanual durante os últimos 10 mil anos."


Data:
08/05/2008 - Quinta Feira - 16:30

Local:
Auditório G do IAG-USPRua do Matão, 1226
Cidade Universitária
São Paulo - SP

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