O "homem das Flores", o minúsculo primo do homem moderno descoberto em 2003 na ilha Indonésia que lhe deu o nome, fabricava utensílios complexos, ao contrário da tese anterior de que seriam incapazes disso.
Investigações anteriores indicavam que as capacidades intelectuais do Homo floresiensis seriam demasiado limitadas para aquela tarefa.
Este "hobbit", como ficou conhecido por alusão a personagens criadas por Tolkien, desapareceu da face da Terra há 12.000 anos. Tinha menos de um metro de altura e a sua caixa craniana era do tamanho de uma toranja.
Recentemente, perto dos vestígios de nove indivíduos descobertos há três anos numa caverna das Flores, foram encontrados utensílios de pedra sofisticados, capazes de esquartejar um animal.
Para os autores da descoberta, isso significava que o "homem das Flores" representava uma espécie separada também descendente do Homo erectus, o antepassado do homem contemporâneo, lançando assim uma acesa polémica entre antropólogos.
Esta descoberta implicava que a nossa espécie, o Homo sapiens, teria partilhado a superfície do planeta com outros hominídeos até uma data muito próxim a, o que suscitava a questão de um possível cruzamento entre as duas espécies.
Porém, no mês passado, esta teoria foi demolida por Robert Martin e outros especialistas em primatas do Museu Field de Chicago, segundo os quais os ves tígios encontrados eram de humanos microcéfalos, incapazes de fabricar utensílios de pedra.
Os objectos encontrados, dizem, teriam sido deixados no local milhares de anos mais tarde por representantes do Homo sapiens.
Agora, no estudo publicado na Nature, uma equipa chefiada por Adam Brumm, da Universidade Nacional da Austrália, volta à carga, assinalando flagrantes semelhanças entre os utensílios encontrados na caverna dos "hobbits" e os de outra caverna situada a 50 quilómetros de distância.
Os 507 utensílios examinados apresentam grandes semelhanças ao nível da forma, ângulo de ataque e pedras utilizadas. Teriam todos mais de 800.000 anos e seriam anteriores ao aparecimento do homo sapiens, há 150.000 a 200.000 anos.
Os utensílios de pedra encontrados nas duas grutas mostram pelo menos "uma continuidade numa tecnologia proveniente da mesma linha de hominídeos", segu ndo os autores do estudo.
Por isso, acrescentam, "as afirmações segundo as quais o Homo floresiensis não teria capacidade cerebral para fabricar utensílios de pedra são por isso baseadas mais em opiniões preconcebidas do que em dados concretos".
Investigações anteriores indicavam que as capacidades intelectuais do Homo floresiensis seriam demasiado limitadas para aquela tarefa.
Este "hobbit", como ficou conhecido por alusão a personagens criadas por Tolkien, desapareceu da face da Terra há 12.000 anos. Tinha menos de um metro de altura e a sua caixa craniana era do tamanho de uma toranja.
Recentemente, perto dos vestígios de nove indivíduos descobertos há três anos numa caverna das Flores, foram encontrados utensílios de pedra sofisticados, capazes de esquartejar um animal.
Para os autores da descoberta, isso significava que o "homem das Flores" representava uma espécie separada também descendente do Homo erectus, o antepassado do homem contemporâneo, lançando assim uma acesa polémica entre antropólogos.
Esta descoberta implicava que a nossa espécie, o Homo sapiens, teria partilhado a superfície do planeta com outros hominídeos até uma data muito próxim a, o que suscitava a questão de um possível cruzamento entre as duas espécies.
Porém, no mês passado, esta teoria foi demolida por Robert Martin e outros especialistas em primatas do Museu Field de Chicago, segundo os quais os ves tígios encontrados eram de humanos microcéfalos, incapazes de fabricar utensílios de pedra.
Os objectos encontrados, dizem, teriam sido deixados no local milhares de anos mais tarde por representantes do Homo sapiens.
Agora, no estudo publicado na Nature, uma equipa chefiada por Adam Brumm, da Universidade Nacional da Austrália, volta à carga, assinalando flagrantes semelhanças entre os utensílios encontrados na caverna dos "hobbits" e os de outra caverna situada a 50 quilómetros de distância.
Os 507 utensílios examinados apresentam grandes semelhanças ao nível da forma, ângulo de ataque e pedras utilizadas. Teriam todos mais de 800.000 anos e seriam anteriores ao aparecimento do homo sapiens, há 150.000 a 200.000 anos.
Os utensílios de pedra encontrados nas duas grutas mostram pelo menos "uma continuidade numa tecnologia proveniente da mesma linha de hominídeos", segu ndo os autores do estudo.
Por isso, acrescentam, "as afirmações segundo as quais o Homo floresiensis não teria capacidade cerebral para fabricar utensílios de pedra são por isso baseadas mais em opiniões preconcebidas do que em dados concretos".
Notícia: Agência Lusa www.lusa.pt
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