3.4.06

Gruta das Torres


Pela sua importância enquanto património natural, a Gruta das Torres foi classificada como Monumento Natural Regional pelo DLR N.º 6/2004/A, de 18 de Março de 2004. Em 2000 a Secretaria Regional do Ambiente iniciou um projecto com a intenção de dotar a Gruta das Torres com as infra-estruturas que permitiriam a sua exploração turística, nomeadamente com a melhoria de acessibilidades ao interior, construção de um centro de visitação, edifícios anexos e instalação de iluminação cénica na gruta.
Localização
A Gruta das Torres está localizada na freguesia da Criação Velha, concelho da Madalena. Faz parte da formação dos Lajidos-Gruta das Torres, inserida no complexo vulcânico da montanha, originada muito provavelmente num intervalo de tempo estimado entre os 500 e os 1500 anos atrás. Encontra-se a 5 km desta vila, levando cerca de 10 minutos de automóvel até ao Centro de Interpretação.
Descrição
Trata-se do maior tubo lávico conhecido em Portugal, com extensão de 5150 mt. Foi formado a partir das lavas de uma erupção vulcânica com origem no Cabeço Bravo. O túnel principal desenvolve-se ao longo de 4480 mt e é na sua maior parte de grandes dimensões, podendo atingir alturas de 15 mt, ao contrário dos túneis secundários laterais e superiores, com dimensões mais reduzidas mas com estruturas geológicas muito variadas. A Gruta tem um desnível total de cerca de 200 mt, com uma inclinação mais suave no troço SE, ao contrário do que acontece em alguns sectores a NW onde ocorrem as maiores inclinações.
As lavas que formam o chão são do tipo aa e pahoehoe e estão muito bem preservadas em grande parte do túnel, havendo no entanto locais onde estão cobertas por materiais provenientes de desabamentos das paredes e do tecto. No interior de gruta estão presentes diversas estruturas características das cavidades vulcânicas tais como estalactites, estalagmites lávicas, bancadas laterais e lava balls. Ao longo da gruta existem sectores com algum gotejamento proveniente do tecto embora haja uma fraca circulação de água em grande parte da gruta. A temperatura no seu interior é sensivelmente constante ao longo do ano, variando de forma mais acentuada próximo da abertura.
Leia mais em: Os Montanheiros (Fotos, topografia & Texto)

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